Opinião

Livros e leituras

Pouco se sabe sobre a estratégia do Governo dos Açores para a promoção do livro e da leitura na Região. Aliás, o que se sabe não augura nada de bom.
Sabe-se, por exemplo, que prescindiu de participar na Feira do Livro de Lisboa e que, em resposta a quem se manifestou contra esta opção, veio logo anunciar grandes inovações e reviravoltas, que acabaram por se traduzir em (absolutamente) coisa nenhuma, a não ser nos já habituais fogachos mediáticos, que servem (apenas) para acalmar descontentamentos, mas que na prática não resolvem nada.
Aguarda-se pela concretização da proclamada “reestruturação de redefinição” do programa Ler Açores, articulada com a rede regional das bibliotecas escolares, a qual também iria envolver as bibliotecas públicas e as bibliotecas municipais.
É que enquanto essa “reestruturação de redefinição” não chegar o que se pode pensar é que à semelhança do PROSUCESSO, as únicas motivações subjacentes à ideia de remodelação deste programa, são as de acabar com tudo o que foi feito pelo anterior Governo.
Seria de esperar que decorridos (praticamente) dois anos desta governação e de, entretanto, já terem (até) nomeado, não só novos responsáveis pela pasta, como igualmente, outra coordenadora para a Rede Regional das Bibliotecas Escolares, essas (supostas) alterações já pudessem ser uma realidade, mas (infelizmente) não parece que seja o que acontece.
De modo que o que resta é agradecer às escolas dos Açores, que continuam a desenvolver – a custo, e com falta de recursos humanos – inúmeros projetos de promoção do livro e da leitura, entre os seus alunos; para além (é claro) da atividade de editores, livreiros, escritores e associações culturais, entre outros, que continuam de “portas abertas” para estes assuntos, que são não só fundamentais, como igualmente, imprescindíveis!